Origem dos anões
E eis que Omner saiu a caminhar sob a
superfície de Eralfa. E observou os homens. E viu que Bël – Teâncun criou os
humanos e utilizou da influência de Àlax para modificar a aparência dos
humanos, mudando a cor de suas peles. Mas o mal causado pela desarmonia do
cântico fazia com que os humanos divergissem entre eles simplesmente por que
possuíam pigmentação diferente uns dos outros.
Então,
Omner que sempre observou, decidiu interferir. Ensinou aos homens a política e
a civilização. E ensinou a eles a organizarem se em nações e a construírem
metrópoles.
E eis
que as nações humanas cresciam sob Eralfa.
E um
povo entre os humanos se destacava em seus feitos. E suas cidades eram
gigantescas, pois eles possuíam uma estatura elevada e sua vontade de
crescimento era insaciável. E esse povo blasfemava dizendo serem eles os deuses
do mundo. E começaram a exigirem das outras nações adoração e tributos em peças
preciosas.
E Bël –
Teâncun não se agradou do que esse povo fazia em Eralfa, e amaldiçoando – os,
diminuiu suas estaturas pela metade e os enviou para viverem embaixo das
montanhas, moldando as pedras. E assim surgiu a raça dos anões em Eralfa.
O surgimento da fé
E vagou Omner sob as florestas. E viu Omner que
Iévine havia criado também uma variedade de criaturas pensantes. E essas
criaturas construíam suas moradas nas árvores. E viviam em harmonia sem nunca
saírem da proteção das florestas. E eis que os homens, em sua ânsia de
crescimento, começaram a desmatar as florestas para construírem suas
metrópoles. E as criaturas das selvas temeram e algumas se iraram e provocaram
grande matança aos homens. E são essas criaturas temidas até os dias de hoje.
Já outras criaturas que não tinham disposição para a guerra clamaram a Iévine
por socorro. E o clamor foi tão intenso que chegou aos ouvidos dos deuses. E
Iévine se compadecendo das criaturas, auxiliou-as dando lhes poderes para
fazerem feitos milagrosos. E foram essas as primeiras criaturas a possuírem fé
nos deuses. E surgiu entre algumas destas criaturas,
algumas dispostas a uma vida de dedicação e gratidão aos deuses. E foram as
criaturas conhecidas como elfos que criaram os primeiros templos de adoração
aos deuses.
E assim surgiram em Eralfa as ordens clericais.
E caminhava Bël-Teâncun por Eralfa, indignado
com a maldade que crescia no coração das criaturas. E maquinou um plano para
destruir tais criaturas.
E colocou no coração de alguns o desejo de
fazer coisas milagrosas sem a permissão ou consentimento de algum deus. Então
deu a alguns homens instruídos e gananciosos o conhecimento sobre a magia.
Disse-lhes que com rituais complexos era possível criar, entender e controlar
as coisas. Disse-lhes que fora assim que Ele e os demais deuses haviam criado
todo o universo.
E esses
homens encheram seus corações gananciosos de desejos de poder e puseram em
prática os ensinamentos de Bël-Teâncun. E estes homens, que agora se
denominavam bruxos ou feiticeiros, fizeram muitas proezas e se tornaram poderosos.
E eles começaram a ensinarem outros para que estes lhe ajudassem. E quanto mais
aprendizes eles tinham, mais eles queriam. E construíram escolas de bruxaria e
muitos eram os que desejavam serem seus aprendizes.
Contudo,
alguns aprendizes notaram que quanto mais poderosos eram os feiticeiros, mas
velhos e cadavéricos eram. Então, vendo Iévine o que acontecia, retirou a venda
dos olhos dos homens e eles viram o preço que se paga por manipular as energias
místicas do universo. Por não serem imortais como os deuses, os homens
sacrificam sua energia vital em troca de energia mística. Com isso, quanto mais
poder místico utilizam, mais velhos se tornam vindo a morrerem muito antes do
que morreriam naturalmente.
Mas a ganância dos seres falava mais alto e
muitos continuaram suas práticas E vendo Bël-Teancun o efeito de sua trama
ficou satisfeito, pois reduziu o tempo estimado de vida dos praticantes de
bruxaria em mais da metade.
Ágtis, os senhores da ciência.
E viu Omner que Iévine muito se entristecera
com o feito de Bël-Teâncun. E decidiu Iévine amaldiçoar todos aqueles que
praticassem a bruxaria de Bël- Teâncun. E Omner sugeriu a Iévine que desse aos homens
sabedoria e inteligência para criarem efeitos milagrosos com conhecimento
prático de ciência, para que os praticantes de bruxaria não viessem dominar
Eralfa com seus poderes. E seguindo o conselho de Omner, Iévine reuniu um grupo
seleto de pessoas e lhes entregou o conhecimento da ciência. E os primeiros
cientistas de Eralfa eram chamados de Ágtis, os senhores da ciência.
E os Ágtis dedicavam as suas práticas com mesma
vigor e desejo dos bruxos, com a diferença de que na maioria das vezes, suas
descobertas eram utilizadas para o bem estar de todos. Mas, devido à
desarmonia, alguns Ágtis utilizavam seus conhecimentos para fins próprios e às
vezes tão obscuros quanto os bruxos, e por isso, muitos foram descriminados e
temidos igualmente aos bruxos.
E os
Ágtis se tornaram sociedades secretas dedicadas a vários caminhos da ciência.
Alguns são vistos como curandeiros, sempre pesquisando ervas medicinais. Outros
são vistos como bruxos, pois estudam elementos explosivos e efeitos químicos de
produtos desconhecidos para a maioria da população.
Por que em Eralfa tudo que é citado de ruim se refere aos homens? Não existem elfos negros que corromperam a magia? Ou anões que desenterraram os segredos dos deuses? Sou humano e já basta ter comido a maçã no Éden.
ResponderExcluirComo pode ser vistos em últimas postagens, os anões eram humanos que foram amaldiçoados por Bël-teâncun.A maior parte das coisas ruins em Eralfa ocorrem devido as manipulações de Bel. E os humanos são as criaturas mais manipuláveis que existem, em qualquer mundo. Mas em breve será revelado a existência de criaturas tão más, que até os deuses duvidam. Aguarde.
ExcluirQuero ver Orcs
ResponderExcluir