A Decisão
Após a emboscada, os aventureiros se viram diante de uma escolha que pesava mais que qualquer espada. O ouro recebido de Malrik brilhava em suas bolsas, mas as palavras de Edrin ecoavam como feridas abertas: “Minha irmã morreu por causa desses monstros.”
Se decidirem ajudar os jovens, teriam de se infiltrar no templo, enfrentar sacerdotes fanáticos e os dois leões. Se partissem, seriam cúmplices silenciosos de um culto macabro.
O Grande Templo à Noite
O templo de Karveth, iluminado por tochas, parecia ainda mais imponente sob a lua. As colunas douradas refletiam a luz como fogo, e cânticos ecoavam de dentro, entoados por sacerdotes em transe.
Os aventureiros, guiados por Kaela, encontraram uma entrada lateral — uma porta de ferro que levava às catacumbas. O cheiro de sangue e incenso misturava-se no ar, sufocante.
As Catacumbas
Descendo pelas escadas estreitas, chegaram à Arena Sagrada. O chão estava manchado de sangue seco, e ossos humanos espalhavam-se pelos cantos. No centro, uma jaula de ferro continha o leão velho, magro, com costelas à mostra, olhos vermelhos de fome. Ele rugiu, um som fraco mas carregado de ódio.
Atrás da arena, em outra jaula, estava o leão jovem, recém-capturado, agora prisioneiro. O contraste era cruel: um animal vigoroso destinado a ser exibido como divino, e outro, decadente, usado para devorar vítimas humanas.
O Ritual
No altar, o sacerdote Malrik e outros três clérigos preparavam um ritual. Uma jovem, amarrada, chorava em silêncio. O povo acreditava que seria oferecida ao Deus-Leão, mas os aventureiros sabiam a verdade: primeiro seria abusada, depois jogada ao leão velho.
Malrik (erguendo as mãos):
“Karveth exige pureza! Karveth exige sangue! Hoje, o Deus-Leão se alimentará da oferenda!”
O Confronto
Os aventureiros podiam agir de várias formas:
Atacar diretamente, enfrentando sacerdotes e libertando a jovem.
Libertar os leões, criando caos e deixando que os animais se voltassem contra seus carcereiros.
Sabotar o ritual, usando furtividade para resgatar a vítima e escapar.
O combate seria brutal. Os sacerdotes lutariam com fanatismo, e o próprio Malrik revelaria sua verdadeira face: um homem disposto a matar para proteger o culto.
O Clímax
Se os aventureiros libertassem o leão velho, ele atacaria indiscriminadamente, devorando sacerdotes e guardas. O templo se tornaria um campo de carnificina. O leão jovem, por sua vez, poderia fugir para a floresta, símbolo de liberdade.
Se derrotassem Malrik, os jovens rebeldes assumiram a liderança, revelando ao povo a farsa do culto. Mas isso traria caos: a fé de Lorthel seria destruída, e a cidade mergulharia em incerteza.
Edrin (após a batalha, olhando para os aventureiros):
“Vocês escolheram lutar. Minha irmã não volta... mas outras serão salvas. Talvez isso seja justiça.”
Possíveis Finais
Vitória contra o culto: os aventureiros libertam as vítimas, derrotam os sacerdotes e revelam a verdade. Lorthel entra em crise, mas o culto é destruído.
Silêncio e fuga: os aventureiros partem sem se envolver, carregando o ouro e a culpa. O culto continua, e os jovens rebeldes talvez morram tentando resistir.
Caos libertado: os leões são soltos, o templo é destruído em sangue, e a cidade mergulha no medo.

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