Capítulo II – A Caçada ao Leão Jovem
O vento soprava frio quando os aventureiros deixaram para trás os portões de Lorthel. O sacerdote Malrik havia lhes dado instruções vagas: “Nas florestas ao sul, perto do rio Veynar, há relatos de um leão jovem. Tragam-no vivo.” Nenhum mapa, nenhuma ajuda. Apenas fé cega e uma promessa de ouro.
A Floresta de Veynar
A trilha os levou até uma floresta densa, onde árvores retorcidas formavam arcos naturais sobre o caminho. O chão estava coberto de folhas úmidas, e o silêncio era quebrado apenas pelo canto distante de corvos. O cheiro de sangue pairava no ar — sinais de caça recente.

Um dos aventureiros, mais atento, notou pegadas largas no solo. Garras profundas marcavam a terra. O leão estava próximo.
Os personagens com percepção mais elevada podem ser convidados a fazerem testes nesse ponto da floresta
[ TESTE DE DEDUÇÃO ND 10 ]
“Essas marcas são frescas. Ele passou por aqui há poucas horas.”
“E não está sozinho. Vejam... há pegadas humanas também. Caçadores.”
O Encontro com os Caçadores
Pouco adiante, o grupo encontrou dois homens e uma mulher, armados com lanças e arcos. Seus rostos estavam cobertos por mantos de couro, e o olhar era desconfiado.
Alaric “Duas-Lanças”:
“Vocês também estão atrás da fera? Pois saibam que este território é nosso. O leão será nosso troféu.”
Os caçadores não sabiam do contrato com Malrik. Para eles, o leão era apenas um prêmio de caça. Os aventureiros tinham três opções: negociar, intimidar ou lutar.
Se escolhessem negociar, poderiam convencer os caçadores a se afastar com promessas de ouro. Se intimidarem, arriscariam um combate. Se lutassem, o sangue mancharia a floresta antes mesmo de encontrarem o animal.


Os caçadores eram : Alaric “Duas-Lanças” Verren, Brom “Urso Cinzento” Hrodvarson e
Isolde “Olhos de Raposa” Merrow
[ COMBATE VERBAL OU FÍSICO SERÁ INICIADO ]
Os caçadores querem matar o leão, vocês precisam dele vivo. Se vocês decidirem se unir ao grupo e os convencerem pacificamente, eles os ajudarão a capturar o leão. Caso entrem em discórdia, e não cheguem a um acordo terão que nocauteá-los ou matá-los. Alaric “Duas-Lanças” Verren e Isolde “Olhos de Raposa” Merrow podem ser capturados, mas Brom “Urso Cinzento” lutará até a morte se for necessário.

O Primeiro Rugido
Enquanto discutiam, um rugido ecoou pela mata. O som era profundo, vibrante, capaz de gelar o sangue. O leão jovem estava próximo. Os caçadores empalideceram.
Brom “Urso Cinzento”:
“Ele nos encontrou... preparem-se!”
O leão surgiu entre as árvores, sua pelagem dourada reluzindo sob a luz filtrada. Era jovem, mas já imponente, com músculos tensos e olhos selvagens. Não atacou de imediato — apenas observava, como se medisse seus inimigos.
O Dilema da Captura
Capturar o leão vivo não seria simples. O animal era forte e orgulhoso. Um combate direto poderia matá-lo, mas o contrato exigia que fosse entregue vivo. Os aventureiros precisavam improvisar: redes, armadilhas, ou até magia para acalmá-lo.
O dilema moral começava a se desenhar. O leão não era apenas uma fera — era um ser vivo, símbolo de liberdade. Capturá-lo significava condená-lo ao destino cruel do culto

O Confronto
O leão avançou, atacando com garras afiadas. Os caçadores tentaram resistir, mas foram rapidamente derrotados. Os aventureiros tiveram de agir: alguns segurando o animal com cordas, outros tentando distrair com fogo ou magia. O combate foi feroz, mas ao fim, o leão estava contido, rugindo em fúria, seus olhos cheios de ódio.
O silêncio voltou à floresta. Os caçadores sobreviventes fugiram, amaldiçoando os aventureiros. O leão, amarrado, parecia mais um prisioneiro do que um troféu.
Reflexão dos Aventureiros
Enquanto arrastavam o animal de volta à cidade, o peso da missão recaía sobre eles. Não era apenas o corpo do leão que carregavam — era a responsabilidade de entregá-lo a um culto que escondia segredos sombrios.
“Malrik disse que o povo não deve saber. Agora entendo por quê. Esse leão não é divino... é apenas uma fera.”
“E ainda assim, vamos entregá-lo. Por ouro. Por sobrevivência. Mas será que não estamos nos tornando cúmplices?”