sábado, 6 de dezembro de 2025

O Culto do Deus-Leão - Capítulo V – Consequências (Resumo Final)


 O Destino de Lorthel

Com o confronto no templo e a revelação dos segredos do culto, os aventureiros deixam sua marca definitiva na cidade. O futuro de Lorthel dependerá da escolha que fizeram:

1. Vitória contra o culto

  • Os aventureiros se unem aos jovens rebeldes e derrotam Malrik e os sacerdotes.

  • O leão velho é morto ou libertado, o jovem escapa para a floresta.

  • As vítimas são salvas, e o povo descobre a farsa.

  • Consequência: Lorthel mergulha em caos político e religioso. Sem fé, muitos se desesperam, mas outros encontram esperança na liberdade. Os aventureiros são lembrados como libertadores — ou como hereges, dependendo de quem conta a história.

2. Silêncio e fuga

  • Os aventureiros aceitam o ouro e partem sem se envolver.

  • O culto continua, os sacrifícios prosseguem, e os jovens rebeldes talvez morram tentando resistir.

  • Consequência: Os aventureiros carregam a culpa em silêncio. O ouro pesa mais que a consciência, e a cidade segue escravizada pela fé macabra.


3. Caos libertado

  • Os leões são soltos durante o ritual.

  • O velho devora sacerdotes e fiéis, o jovem foge para a floresta.

  • O templo é destruído por sangue e fogo.

  • Consequência: Lorthel entra em pânico. O culto é desfeito, mas a cidade mergulha no medo e na anarquia. Os aventureiros partem deixando atrás de si uma lenda de terror e vingança.

Epílogo

Ao deixarem Lorthel, os aventureiros carregam mais que ouro ou glória. Carregam a memória de uma cidade marcada pela fé cega, pela crueldade dos homens e pela selvageria dos leões.

Narrador:
“E assim, entre muralhas manchadas de sangue e cânticos silenciados, Lorthel jamais será a mesma. Os aventureiros seguiram seu caminho, mas o rugido do Deus-Leão ecoará para sempre em suas lembranças.”




O Culto do Deus-Leão - Capítulo IV – O Templo e os Dois Leões

 

A Decisão

Após a emboscada, os aventureiros se viram diante de uma escolha que pesava mais que qualquer espada. O ouro recebido de Malrik brilhava em suas bolsas, mas as palavras de Edrin ecoavam como feridas abertas: “Minha irmã morreu por causa desses monstros.”

Se decidirem ajudar os jovens, teriam de se infiltrar no templo, enfrentar sacerdotes fanáticos e os dois leões. Se partissem, seriam cúmplices silenciosos de um culto macabro.

O Grande Templo à Noite

O templo de Karveth, iluminado por tochas, parecia ainda mais imponente sob a lua. As colunas douradas refletiam a luz como fogo, e cânticos ecoavam de dentro, entoados por sacerdotes em transe.

Os aventureiros, guiados por Kaela, encontraram uma entrada lateral — uma porta de ferro que levava às catacumbas. O cheiro de sangue e incenso misturava-se no ar, sufocante.

As Catacumbas

Descendo pelas escadas estreitas, chegaram à Arena Sagrada. O chão estava manchado de sangue seco, e ossos humanos espalhavam-se pelos cantos. No centro, uma jaula de ferro continha o leão velho, magro, com costelas à mostra, olhos vermelhos de fome. Ele rugiu, um som fraco mas carregado de ódio.

Atrás da arena, em outra jaula, estava o leão jovem, recém-capturado, agora prisioneiro. O contraste era cruel: um animal vigoroso destinado a ser exibido como divino, e outro, decadente, usado para devorar vítimas humanas.



O Ritual

No altar, o sacerdote Malrik e outros três clérigos preparavam um ritual. Uma jovem, amarrada, chorava em silêncio. O povo acreditava que seria oferecida ao Deus-Leão, mas os aventureiros sabiam a verdade: primeiro seria abusada, depois jogada ao leão velho.

Malrik (erguendo as mãos):
“Karveth exige pureza! Karveth exige sangue! Hoje, o Deus-Leão se alimentará da oferenda!”

O Confronto

Os aventureiros podiam agir de várias formas:

  • Atacar diretamente, enfrentando sacerdotes e libertando a jovem.

  • Libertar os leões, criando caos e deixando que os animais se voltassem contra seus carcereiros.

  • Sabotar o ritual, usando furtividade para resgatar a vítima e escapar.

O combate seria brutal. Os sacerdotes lutariam com fanatismo, e o próprio Malrik revelaria sua verdadeira face: um homem disposto a matar para proteger o culto.

O Clímax

Se os aventureiros libertassem o leão velho, ele atacaria indiscriminadamente, devorando sacerdotes e guardas. O templo se tornaria um campo de carnificina. O leão jovem, por sua vez, poderia fugir para a floresta, símbolo de liberdade.

Se derrotassem Malrik, os jovens rebeldes assumiram a liderança, revelando ao povo a farsa do culto. Mas isso traria caos: a fé de Lorthel seria destruída, e a cidade mergulharia em incerteza.

Edrin (após a batalha, olhando para os aventureiros):
“Vocês escolheram lutar. Minha irmã não volta... mas outras serão salvas. Talvez isso seja justiça.”

Possíveis Finais

  • Vitória contra o culto: os aventureiros libertam as vítimas, derrotam os sacerdotes e revelam a verdade. Lorthel entra em crise, mas o culto é destruído.

  • Silêncio e fuga: os aventureiros partem sem se envolver, carregando o ouro e a culpa. O culto continua, e os jovens rebeldes talvez morram tentando resistir.

  • Caos libertado: os leões são soltos, o templo é destruído em sangue, e a cidade mergulha no medo.





O Culto do Deus-Leão - Capítulo III – A Entrega e a Emboscada

 O Retorno a Lorthel

A noite caía quando os aventureiros se aproximavam novamente das muralhas de Lorthel. O leão jovem, amarrado e enfurecido, rugia dentro da carroça improvisada. Cada rugido parecia ecoar pelas pedras da estrada, ameaçando atrair atenção indesejada.

Os portões estavam fechados, guardados por soldados com o símbolo do leão em seus escudos. Entrar com o animal seria impossível sem levantar suspeitas. Foi então que um dos aventureiros sugeriu uma rota alternativa: uma passagem lateral usada por mercadores, menos vigiada, que levava diretamente ao templo.


“E se alguém descobrir? O sacerdote disse que ninguém deve saber... agora entendo por quê.” 

“Se nos virem com o leão, vão nos prender. Precisamos entrar sem chamar atenção.”


A Entrega ao Sacerdote

Dentro do templo, o Sacerdote Malrik aguardava. Seus olhos brilharam ao ver o leão jovem, contido e vivo.

Malrik:
“Magnífico... vigoroso... exatamente como o Deus-Leão deve parecer diante do povo. Vocês cumpriram bem sua parte. O ouro será entregue. Mas lembrem-se: o que viram aqui não deve ser contado. O povo não compreenderia os desígnios divinos.”

Atrás dele, o rugido fraco de outro leão ecoava — o velho, faminto, mantido nas sombras da arena. Os aventureiros perceberam que havia algo errado. Dois leões. Dois destinos. Um para enganar, outro para devorar.


A Emboscada

Ao deixarem o templo, carregando o peso da recompensa e da dúvida, foram surpreendidos por três figuras que surgiram das sombras da rua estreita. Jovens, armados, com olhos cheios de ódio e dor.

Edrin Veynar, o mais jovem, ergueu sua espada curta com as mãos trêmulas.
Kaela Dorn, firme, apontava o arco.
Torren Malvek, robusto, segurava um machado pesado.

Edrin:
“Vocês... vocês servem ao falso deus? Minha irmã morreu por causa desses monstros! Não deixarei que mais inocentes sejam entregues!”

Kaela:
“Vocês não entendem... esse culto é uma farsa. Dois leões, um velho para devorar, um jovem para enganar. E o povo acredita que é divino!”

Torren:
“Vocês têm escolha. Podem continuar servindo a esses sacerdotes corruptos... ou podem se juntar a nós e acabar com eles.”

O Conflito

As ruas estreitas se tornaram palco de tensão. Os aventureiros podiam lutar contra os jovens, tentando se livrar da emboscada, ou ouvir suas palavras. O combate seria brutal: Edrin atacava com fúria, Kaela disparava flechas certeiras, e Torren avançava como um muro de carne e aço.

Mas se escolhessem dialogar, os jovens revelariam a verdade:

  • O culto exigia virgens para serem abusadas pelos sacerdotes e depois jogadas ao leão velho.

  • Sacrifícios de bois gordos eram usados para alimentar os animais.

  • O leão jovem era apenas um disfarce, uma encenação para manter a fé do povo.

Edrin (com lágrimas nos olhos):
“Minha irmã... acreditava no Deus-Leão. Foi levada ao templo, prometida como oferenda. Mas não foi um deus que a recebeu. Foram homens. Sacerdotes. Eles a abusaram... e depois a jogaram ao leão velho. Vocês querem ser cúmplices disso?”

O Dilema

Agora, os aventureiros enfrentam sua primeira grande escolha moral:

  • Ignorar os jovens, aceitar o ouro e seguir viagem, cúmplices do culto.

  • Ajudar os rebeldes, arriscando enfrentar o templo, os sacerdotes e os dois leões.

O silêncio da noite pesava sobre eles. O rugido distante do leão velho ecoava como um lembrete cruel do que estava em jogo.

“Se ficarmos, teremos de lutar contra toda a cidade. Mas se partirmos... quantas moças ainda morrerão?”

“Não somos heróis. Somos sobreviventes. Mas talvez... talvez seja hora de escolher.”


O Culto do Deus-Leão - Capítulo II – A Caçada ao Leão Jovem

Capítulo II – A Caçada ao Leão Jovem

O vento soprava frio quando os aventureiros deixaram para trás os portões de Lorthel. O sacerdote Malrik havia lhes dado instruções vagas: “Nas florestas ao sul, perto do rio Veynar, há relatos de um leão jovem. Tragam-no vivo.” Nenhum mapa, nenhuma ajuda. Apenas fé cega e uma promessa de ouro.

A Floresta de Veynar

A trilha os levou até uma floresta densa, onde árvores retorcidas formavam arcos naturais sobre o caminho. O chão estava coberto de folhas úmidas, e o silêncio era quebrado apenas pelo canto distante de corvos. O cheiro de sangue pairava no ar — sinais de caça recente.

Um dos aventureiros, mais atento, notou pegadas largas no solo. Garras profundas marcavam a terra. O leão estava próximo. 

Os personagens com percepção mais elevada podem ser convidados a fazerem testes nesse ponto da floresta

[ TESTE DE DEDUÇÃO ND 10

 “Essas marcas são frescas. Ele passou por aqui há poucas horas.” 

“E não está sozinho. Vejam... há pegadas humanas também. Caçadores.”


O Encontro com os Caçadores

Pouco adiante, o grupo encontrou dois homens e uma mulher, armados com lanças e arcos. Seus rostos estavam cobertos por mantos de couro, e o olhar era desconfiado.

Alaric “Duas-Lanças”:
“Vocês também estão atrás da fera? Pois saibam que este território é nosso. O leão será nosso troféu.”

Os caçadores não sabiam do contrato com Malrik. Para eles, o leão era apenas um prêmio de caça. Os aventureiros tinham três opções: negociar, intimidar ou lutar.

Se escolhessem negociar, poderiam convencer os caçadores a se afastar com promessas de ouro. Se intimidarem, arriscariam um combate. Se lutassem, o sangue mancharia a floresta antes mesmo de encontrarem o animal.



Os caçadores eram : Alaric “Duas-Lanças” Verren, Brom “Urso Cinzento” Hrodvarson e 

Isolde “Olhos de Raposa” Merrow


[ COMBATE VERBAL OU FÍSICO SERÁ INICIADO

Os caçadores querem matar o leão, vocês precisam dele vivo. Se vocês decidirem se unir ao grupo e os convencerem pacificamente, eles os ajudarão a capturar o leão. Caso entrem em discórdia, e não cheguem a um acordo terão que nocauteá-los ou matá-los. Alaric “Duas-Lanças” Verren e Isolde “Olhos de Raposa” Merrow podem ser capturados, mas  Brom “Urso Cinzento”  lutará até a morte se for necessário. 


O Primeiro Rugido

Enquanto discutiam, um rugido ecoou pela mata. O som era profundo, vibrante, capaz de gelar o sangue. O leão jovem estava próximo. Os caçadores empalideceram.

Brom “Urso Cinzento”:
“Ele nos encontrou... preparem-se!”

O leão surgiu entre as árvores, sua pelagem dourada reluzindo sob a luz filtrada. Era jovem, mas já imponente, com músculos tensos e olhos selvagens. Não atacou de imediato — apenas observava, como se medisse seus inimigos.

O Dilema da Captura

Capturar o leão vivo não seria simples. O animal era forte e orgulhoso. Um combate direto poderia matá-lo, mas o contrato exigia que fosse entregue vivo. Os aventureiros precisavam improvisar: redes, armadilhas, ou até magia para acalmá-lo.

O dilema moral começava a se desenhar. O leão não era apenas uma fera — era um ser vivo, símbolo de liberdade. Capturá-lo significava condená-lo ao destino cruel do culto

O Confronto

O leão avançou, atacando com garras afiadas. Os caçadores tentaram resistir, mas foram rapidamente derrotados. Os aventureiros tiveram de agir: alguns segurando o animal com cordas, outros tentando distrair com fogo ou magia. O combate foi feroz, mas ao fim, o leão estava contido, rugindo em fúria, seus olhos cheios de ódio.

O silêncio voltou à floresta. Os caçadores sobreviventes fugiram, amaldiçoando os aventureiros. O leão, amarrado, parecia mais um prisioneiro do que um troféu.

Reflexão dos Aventureiros

Enquanto arrastavam o animal de volta à cidade, o peso da missão recaía sobre eles. Não era apenas o corpo do leão que carregavam — era a responsabilidade de entregá-lo a um culto que escondia segredos sombrios.


“Malrik disse que o povo não deve saber. Agora entendo por quê. Esse leão não é divino... é apenas uma fera.”


“E ainda assim, vamos entregá-lo. Por ouro. Por sobrevivência. Mas será que não estamos nos tornando cúmplices?”



O Culto do Deus-Leão - Capítulo I – Chegada a Lorthel

 

Capítulo I – Chegada a Lorthel


O sol poente tingia os céus de Velen com tons de cobre e sangue quando os aventureiros avistaram, ao longe, as muralhas de Lorthel. A cidade erguia-se sobre uma colina, protegida por torres de vigia e por uma muralha de pedra escura, marcada por musgo e cicatrizes de batalhas antigas. O vento trazia o cheiro de fumaça e incenso, misturado ao odor de animais — bois e cavalos — que eram conduzidos para dentro dos portões.


À medida que se aproximavam, os viajantes notaram algo peculiar: quase todos os habitantes usavam amuletos em forma de cabeça de leão pendurados ao pescoço. Crianças brincavam com pequenas figuras de madeira esculpidas no mesmo formato, e até os guardas ostentavam o símbolo em seus escudos. O culto ao Deus-Leão Karveth não era apenas uma fé — era a identidade da cidade.

O Templo

No coração de Lorthel, erguia-se o Grande Templo de Karveth. Uma construção monumental de pedra branca, adornada com colunas douradas e vitrais que refletiam a luz do sol como fogo líquido. O portão principal era guardado por duas estátuas de leões em tamanho real, com olhos de ônix que pareciam vigiar cada visitante.

Atrás do templo, escondida sob o solo, havia a Arena Sagrada. O povo acreditava que ali o Deus-Leão se manifestava para julgar os pecadores e aceitar sacrifícios. Mas os aventureiros ainda não sabiam que, por trás das cortinas de fé, havia apenas um leão envelhecido e faminto, mantido em cativeiro para devorar vítimas humanas.

O Sacerdote Malrik

Ao entrarem no templo, foram recebidos pelo Sacerdote Malrik, um homem de meia-idade com túnica dourada e voz suave, mas firme. Seus olhos brilhavam com uma mistura de devoção e cálculo.

Malrik:
"Sejam bem-vindos, viajantes. O Deus-Leão protege aqueles que servem à sua vontade. Nosso guardião envelhece... e não podemos permitir que o povo veja fraqueza em sua divindade. Tragam-me um leão jovem, vivo, e serão generosamente recompensados. Mas lembrem-se: ninguém deve saber. O povo não compreenderia."

O sacerdote falava com eloquência, mas havia algo inquietante em sua postura. Ele não pedia — ordenava. E sua insistência em manter segredo levantava suspeitas.

 "O Deus-Leão exige vigor e juventude. Nosso guardião envelhece... e não podemos permitir que o povo veja fraqueza em sua divindade. Tragam-me um leão jovem, vivo, e serão generosamente recompensados. Mas lembrem-se: ninguém deve saber."