Era uma
manhã límpida nos céus de Markden. Do alto do monte Elfir uma suave brisa
soprava os cabelos ruivos do rei Keiran. Sua barba protuberante dava lhe o
aspecto rude, mas seus olhos verdes refletiam o brilho que os olhos dos homens
apaixonados emitem.
“_Espere
por mim, meu amado rei.” - Keiran ouviu a razão de seu olhar apaixonado dizer.
_Venha
meu amor, estamos quase chegando. Afinal de contas foi você que preferiu subir
o monte em vez de passear no pomar de romãs.
_O
monte é mais romântico meu rei. E também mais isolado. Eu preciso dizer-lhe
coisas interessantes que me foram ditas pelo sábio Lecain.
_O meu
único interesse são teus doces beijos minha amada rainha. E já lhe disse que
não deves dar credito ao que aquele bruxo diz. Agora ande, falta muito pouco
para chegarmos ao topo.
_Meu
amado tenha piedade de mim. Não possuo pernas fortes como as tuas. E nem o teu
vigor.
As
palavras da mulher encheram o coração de Keiran de orgulho. Ele parou e
estendeu a mão à rainha que subia ofegante atrás de si. A respiração dela fazia
os seios inflarem no decote do vestido azul escuro com bordas douradas que ela
vestia. Por alguns momentos o olhar do rei se perdeu naquele decote e quando
ele deu por si e ergueu o olhar, a rainha o olhava com um sorriso tímido na
face corada entre seus cabelos rubros.
_Homens,
permaneçam aqui. Eu e minha rainha subiremos o restante do caminho a sós.
–Disse Keiran aos quatro cavaleiros que os escoltavam.
_Sim
senhor! –Responderam os cavaleiros em uma sincronia tão exata quanto os
pensamentos libidinosos que passaram por suas cabeças ao verem os quadris
fartos da rainha remexerem-se enquanto ela subia o restante do monte junto ao
rei.
O monte
Elfir era conhecido por ser o monte dos encontros amorosos porque no alto dele
havia um pequeno planalto com arvores que tinham largas copas que
proporcionavam sombras onde os amantes costumavam se deitarem. Também possuía
uma linda vista para todo o reino. Dava para enxergar a capital Anarkden ao sul
e mais adiante a cidade de Lhotien. Mas naquela manha em especial todo o
planalto estava vazio. O rei garantira isto enviando homens mais cedo para
esvaziar o terreno para que ele e a rainha pudessem ter privacidade. Os homens
comentavam que em breve o rei iria tornar o monte propriedade particular dele
de tanto que aquele ato estava se tornando rotineiro.
Quando
chegaram ao topo, deitaram embaixo de uma frondosa arvore. A rainha pousou sua
cabeça no colo do rei e disse: _Meu amado, tu me amas?
_Claro
que amo minha rainha. –Respondeu o rei com a voz mais suave que conseguia
emitir.
_Então
diga meu nome.
_Tu és
Isilda, a mais linda mulher do mundo.
_Se
realmente me amas meu rei, ouça o que tenho a ti dizer.
_Por
favor, minha querida. Não venha com as histórias daquele bruxo traiçoeiro. Eu
não confio nele.
_Mas
meu rei, Lecain não é traiçoeiro. Ele é bom. Quer apenas salvar nosso povo de uma
desgraça.
_Não é
traiçoeiro? Hahaha, não seja tola querida. Como Lecain não é traiçoeiro se ele
reporta a você os planos de Cronder sendo que o próprio Lecain é conselheiro de
Cronder. Eu preciso mesmo conversar com Cronder sobre esse velho e suas historias
que tanto perturbam minha pequena flor.
_Eu não
sou tola. –Disse chorando e suplicante a rainha Isilda. _Você tem que
acreditar. A maior lealdade de Lecain é para com o bem de todos e Cronder está
planejando algo desastroso que trará morte para nosso reino.
_Me
perdoe se a ofendi minha amada, mas o que estás dizendo é simplesmente loucura.
Nosso reino e o reino de Stavianath há muito tempo estão em aliança de paz.
Inclusive sou amigo de Cronder desde que éramos jovens.
_Tu
ainda és jovem meu amado. E bondoso. –Dizia Isilda secando as lágrimas.
_Bondoso demais para não perceber quando está sendo enganado. Mas por favor, me
ouça.
_O que
eu não faria para ver estas lágrimas se transformar em um sorriso minha amada.
Diga o que tens a dizer.
Meu
senhor lembra-se do “acordo das arvores”? Aquele que fizeste com o rei Cronder
sobre o sítio de madeiras que ficava na fronteira com Stavianath?
_Sim.
Ficou de acordo que os Stavianathos explorariam a madeira para construir navios
de combate e em troca eles nos dariam dez caravelas de guerra e seis
embarcações de pescadores. Inclusive este ano já recebemos três caravelas.
_Sim
meu rei. Mas estas serão as únicas que receberemos. Os Stavianathos tomaram o
sítio das arvores e mataram a família dos Hildebrans, que estavam encarregados
de inspecionar a exploração das arvores.
_Isto é
um ultraje. Como não fui informado disto? Porque ninguém me colocou a par da
situação. –Irou-se o rei.
_Tais
acontecimentos ocorreram enquanto estava acamado pela febre, meu rei. Não queria
atormentá-lo com esses problemas. Então eu mesma enviei o general Obadian Teron
para cuidar do assunto.
_E onde
está Teron? Porque não me informou assim que me levantei está manhã?
_Meu
rei eu fui informada de que o general já tem tudo sob controle. Os atacantes
Stavianathos foram rendidos e os Hildebrans foram vingados. O general está
recolhendo provas de que os Stavianathos planejam nos atacar em breve.
_Isto é
impossível. Recebi um pedido de auxílio do próprio rei Cronder para proteger
Stavianath enquanto seus filhos marcham contra Hellin-Odel para vingarem a
morte da irmã pelas mãos do jovem príncipe de Hellin-Odel.
_Óh,
como me nauseia a ousadia desse traidor. Lecain me contou todos os planos de
Cronder meu amado. Disse que após vencerem os Hellins os Stavianathos
marchariam contra nós dominando assim todo o comercio do norte. –A rainha
Isilda olhou de lado para o horizonte com um olhar vago e perdido. _Por mais
que eu tente convencê-lo, jamais acreditará em mim. Irás preferir confiar no
seu “amigo” Cronder do que naquela
que te ama mais do que tudo. –Dizendo isso uma lágrima escorreu de seus olhos
verdes.
Keiran
enxugou a lágrima de Isilda com um dedo enquanto acariciava seu rosto
suavemente. _Não diga bobagens minha rainha. Claro que acredito em você. E se
houver provas, juro pelos deuses que Cronder e seu reino irão pagar por trair
nossa aliança. Eles sentirão a ira de Keiran Dehildren na própria pele.
–Enquanto pronunciava as palavras o rosto de Keira se envermelhava se mesclando
com sua barba rubra até que a rainha o beijou suavemente.
_Sim
meu amado rei. Há provas, você verá. Mas deixe este caso para resolvermos
amanhã, pois hoje eu quero sua atenção só para mim. –Os lábios de Isilda
percorriam seu corpo à medida que ela ia abrindo sua camisa de seda azul
turquesa. Logo sua língua passava por seu peito e mordiscava provocando
vermelhidões na pele branca do rei.
_Minha
rainha....hurrf,...não devemos....
Um
movimento ritmado de vai e vem frenético com os lábios molhados no membro rijo
do rei o fez calar a boca e encostar-se ao tronco da arvore atrás de si.
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