quinta-feira, 27 de setembro de 2012

A Vingança de Dohomielzadak

A vingança de Dohomielzadak

         O rei Dorhomielzadak havia sobrevivido à pestilência e juntamente com seus
 generais sabia que apesar da aparente quietude, uma atitude definitiva deveria ser tomada contra os Kandors. Rumou a Celetron junto com os mais bravos guerreiros e contou o ocorrido aos elfos que tanto os apoiaram na peleja. Agora com a aparência estranha aos olhos humanos, os Dorhomes eram descriminados pela maior parte dos povos que acreditavam que finalmente os Kandors haviam desistido da peleja. Dos elfos de Celetron os Dorhomers receberam somente a benção de seus clérigos, pois agora os elfos lamentavam por seus irmãos corrompidos que agora retornavam com pelejas e maldades contra seus outrora amados irmãos.
  Somente um anão chamado Quawldren aceitou se aliar com Dohomielzadak e seus homens. Eram ao todo trinta homens e o anão, que sem conseguirem auxílio para um novo ataque, retornaram para Dorhom. Dohomielzadak tinha um plano. Construir um navio e atacar os Kandor em seu território. Fato era que ninguém sabia de onde vinham os Kandors. O que muitos acreditam é que Dohomielzadak queria apenas um propósito para motivar seu povo.
   Dohomielzadak aconselhou seu povo a construírem fortificações nas montanhas após a floresta Keilon, ao norte da antiga capital. Após algumas negociações, conseguiu dos elfos de Celetron uma embarcação fortemente armada.
    Quando chegou o dia da partida, após um ano e meio de projetos, reuniu seus trinta homens e o anão Quawldren nas praias do sudoeste de Dorhom. Toda sua nação estava lá com eles. De Celetron, três elfos com exímias habilidades de marinheiros se juntaram a eles. Já içavam as velas quando um guerreiro surgiu cavalgando uma fera demoníaca. Disse ser mensageiro de Kuran e trazia consigo um artefato mágico que os auxiliaria no combate contra os Kandors. Intrigado Dohomielzadak questionou:
    “_Por que aceitaríamos o auxílio daquele covarde se quando meu povo mais precisou, ele sequer demonstrou interesse em nossos problemas?”
   Ao ouvir a palavra “covarde” o estranho ergueu os olhos em fúria e vendo isso os homens de Dohomielzadak levaram suas mãos até as espadas, mas como quem pondera sobre as ações, o guerreiro simplesmente disse:
   _Meu mestre jamais se acovardou. Simplesmente escolheu o momento certo de cumprir a promessa de auxílio que uma década atrás fez ao rei de Hellin-Odel. Contudo minha missão é oferecer o artefato. Cabe a vocês decidirem se o usarão ou não. Eu não interferirei na escolha que fizerem.
   Dohomielzadak conhecia bem a fama de Kuran. Reunindo em conselho com os outros tripulantes da embarcação decidiram recursar o artefato de Kuran recebendo amplo apoio dos três elfos.
    _Não precisamos do auxílio daquela criatura vil. Foram as palavras de Dohomielzadak.
   Que assim seja. Disse o guerreiro.
     _Homens, partimos ao amanhecer! Afirmou Dohomielzadak retornando aos seus afazeres.
Contudo o guerreiro permaneceu acampado nas redondezas. Sabido é que dentre as habilidades místicas de Kuran está à antevisão e foi na calada da noite que o guerreiro foi visitado por Quawldren, o anão. Quawldren demonstrou interesse em levar consigo o artefato de Kuran. Então o guerreiro entregou lhe algo que parecia uma lanterna. No centro havia uma esfera como que de ferro, mas, leve como madeira. O guerreiro explicou que o artefato deveria ser colocado dentro das muralhas da morada dos Kandors.
     _ Se encontrarmos nosso destino, juro que colocarei este artefato no trono do rei dos Kandors. Afirmou Quawldren.
     O guerreiro simplesmente sorriu pegando suas coisas e montando sua montaria partiu enquanto que Quawldren escondeu o artefato consigo e se juntou aos seus aliados.
     Pela manhã partiram, aproveitando a fase das luas que eram propícias para a navegação. Nunca mais foram vistos novamente. Também nunca mais aconteceu um ataque maciço de Kandors no continente vermelho.
Até hoje os povos de Dorhom contam a bravura de seu rei. As novas cidades que surgiram em Dorhom possuíam o nome dos homens que foram naquela viagem sem retorno. Acredita se que Dohomielzadak e seus homens esmiuçaram a cidade dos Kandors.
 Quando a tempestades no mar e os trovões ecoam pelas terras de Dorhom, As crianças aprendem que é Dohomielzadak e seus guerreiros batendo nos portões das cidadelas dos Kandors.

    





   

Um comentário:

  1. Seria interessante, já que não existe um mundo dos "espíritos", se houvesse uma terra, ilha ou lugar, onde os deuses vivessem...como no mundo de Tolkien..assim poderia haver aventuras épicas em busca das respostas dos deuses!

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